segunda-feira, 20 de agosto de 2012

BMW G650GS First Impressions




Como já relatado em um post anterior estou planejando uma viajem de moto para a Patagônia, mais precisamente para Ushuaia, a cidade mais ao sul do mundo! Para isso ao final de 2011 optei por procurar uma moto do estilo Trail (ou Adventure) que estaria mais adaptada ao tipo de terreno que vou encontrar. Dentre as Trails, a moto que escolhi foi uma BMW G650GS que, após ser montada em Manaus, teve seu valor reduzido consideravelmente.
Para que você possa ter uma base de comparação, uso a moto todos os dias para ir ao trabalho faça chuva ou sol, percorrendo em torno de 100 km por semana. Em março de 2012 realizei uma viagem de Floripa - SC a Parati - RJ passando pelo litoral de São Paulo. Logo, dividirei a avaliação por ambientes onde já utilizei a motocicleta:

  • Na cidade: 
    • Contras:
      • Grande diferença na relação da primeira para a segunda marcha fazendo com que eu tenha que realizar diversas trocas entre elas (cheguei até a desgastar a parte de cima do meu sapato).
      • O largo guidão na mesma altura dos retrovisores dos carros, dificultando um pouco a utilização do "corredor". Por outro lado pode ser caracterizado como um ponto positivo, visto que preciso ser mais cauteloso. 
      • O sistema de arrefecimento do motor joga o ar quente direto nas pernas do condutor.


    • Prós:
      • Seu tamanho em nada atrapalha a dirigibilidade.
      • Freio ABS que possibilita muito mais segurança nas cortadas que se leva dos carros.
      • Consumo médio de 21 km/l.
      • Manoplas aquecidas. Importante quando bate aquele frio e você não quer usar uma luva mais grossa.
      • Painel bastante completo, com rotações do motor e relógio digital.




  • Na estrada:
    • Contras:
      • Bolha baixa o que possibilita a passagem de muito vento no capacete. Troquei pela bolha estendida original, porém não melhorou muito.
      • Tanque pequeno (14 litros)
      • Luz de reserva ao invés de marcador de combustível. O que eu sempre faço para amenizar este "problema" é zerar o odômetro quando encho o tanque. Quando a luz de reserva acende realizo o seguinte cálculo para saber quantos quilômetros ainda posso rodar: (km do odômetro)/10*4. Por exemplo, se rodei 250 km até acender a luz de reserva: 250/10*4= 100 km.
    • Prós:
      • Consumo médio de 26 km/l. 
      • Consumo de 31 km/l em velocidade constante de 90 a 100 km/h.
      • Protetores de punho. Já me salvaram de levar uma pedrada na mão.

  • Trilhas leves
    • Contras: 
      • Seu peso diminuiu um pouco a sensação de segurança e a dirigibilidade.
      • ABS só desliga com moto parada (em trilhas é recomendado não utilizar o ABS).
      • Novamente a grande diferença na relação da primeira para a segunda marcha.
      • Inexistência de um para-lamas traseiro, fazendo com que toda a sujeira seja jogada diretamente na fechadura do baú traseiro.
      • O para-lamas dianteiro é ineficiente pois não bloqueia o spray de água suja que é jogado tanto no motor quanto nas pernas do condutor quando está chovendo.
    • Prós:
      • Novamente os protetores de punho
      • Distância do solo (não bateu nenhuma vez no chão)
      • Amortecimento muito suave.

Conclusão:
Se você quer uma moto versátil para ser utilizada em qualquer ocasião, a BMW G650GS é a moto. É lógico que, individualmente, em cada um dos tipos de terreno testados existem alternativas melhores, mas você teria que ter 3 motos ao invés de uma. A BMW foi bem feliz no balanceamento das qualidades da G650GS. Algumas deficiências aqui levantadas, que acredito serem limitações de custos, podem ser sanadas com acessórios adquiridos separadamente e que irei descrever em um próximo post.

Grande abraço.