terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Viagem para o fim do mundo

Prezados amigos.
Amanhã é o dia. Dia em que eu e o Guga partimos para a maior aventura de nossas vidas. A intenção é seguirmos por Porto Alegre, Uruguaiana, Cordoba, Mendoza e Santiago. De lá rumaremos sul por Pucon, Bariloche, Bolson, Glaciar Perito Moreno, etc até chegarmos na cidade mais austral do mundo: Ushuaia!
Vou tentar atualizar o blog durante o caminho pelo celular, mas vai depender muito da disponibilidade de Internet.
Se inscrevam na opção aqui ao lado para receber as atualizações por email.
Abraços a todos e um feliz 2013!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Acessórios para a BMW G650GS


Em um post anterior listei alguns prós e contras da BMW G650GS. Ao final falei que algumas deficiências levantadas poderiam ser sanadas com acessórios. Em uma busca por fóruns especializados encontrei o site de uma empresa alemã de acessórios para motocicletas: www.moto24.org.

Comparando os valores com os praticados por lojas brasileiras ficou claro que a diferença era gritante.
Mesmo com a taxa de entrega e se eu fosse taxado com os impostos a balança ainda pesaria para a loja germânica.
Para testar se ela era realmente idônea, em janeiro de 2012, resolvi comprar o baú e a bolsa impermeável. Como os produtos não estavam listados no site, entrei em contato por e-mail o qual fui prontamente atendido.
Valor total pago via PayPal: 386,01 euros (R$956,07). Para efeitos de comparação, à época somente o baú original da BMW era vendido pela concessionária, caso comprasse a moto junto, por R$1500,00. Após 1 mês os produtos estavam em minha casa e o melhor de tudo, sem imposto.
Conforme a tabela ao final do post, o resto dos acessórios foram adquiridos na Moto24Amazon, Sierra BMW e eBay em diversas outras compras, sendo taxado pela receita em duas delas.
Segue então a lista de acessórios bem como o detalhamento de cada um:

1 - Trava de acelerador
Para uso em: viagem
Tipo: conforto
Existem diversos modelos de travas para motos. Em viagens mais longas é muito comum a fadiga devido a ter-se que ficar segurando o manete do acelerador. Primeiramente adquiri um no eBay porém achei um tanto ruim para utilizá-lo. Com ele não precisava fazer força para segurar o acelerador, porém tinha que manter apoiada a a palma da mão ali.

Throttle lock
Resolvi então comprar o da Kaoko, específico para a BMW G650GS. O preço é um pouco salgado mas vale a pena.  Com este acessório é possível soltar completamente o manete sem que se perca a aceleração da moto.



2 e 3- Alongador de bolha + Bolha estendida da BMW
Para uso em: viagem
Tipo: conforto
A bolha original da G650GS é um tanto pequena e, aliada a posição de direção ereta em altas velocidades, permite que o ar suba pelo peito do piloto e entre pela parte de baixo do capacete criando barulho dentro deste. A bolha estendida e o alongador reduzem este efeito, fazendo com que o ar passe por cima do capacete. Entretanto, podem ser encontradas facilmente no Mercadolivre alternativas mais baratas e com uma área maior de proteção.

4- Pára-lamas traseiro
Para uso em: chuva, terreno molhado
Tipo: proteção
O modelo antigo da BMW G650GS contava com um pára-lamas traseiro acoplado ao protetor de corrente. Este era, porém, um pára-lamas que quebrava frequentemente e foi retirado do modelo 2011. Com isso, em terrenos molhados, um spray de água suja é lançado diretamente na fechadura do baú. Para resolver este problema foi criado um pára-lamas que é instalado por baixo da placa.


5- Suporte bauleto lateral GIVI
Para uso em: viagem
Tipo: bagagem
Apesar da maior capacidade dos baús da BMW e de seu melhor desenho que aproveita a parte abaixo do escapamento, devido a seu alto preço, uso somente em viagens e já possuir os bauletos de 21 litros da Givi, optei por adquirir o suporte da Givi. O suporte é compatível com todos os bauletos da Givi modelo Monokey e é ideal para quem vai viajar por longos períodos ou vai com um carona.


6- Barra de proteção do motor
Para uso em: dia a dia
Tipo: proteção
Como diz minha mãe: Se moto não fosse feita pra cair tinha 4 rodas. Esta barra visa a proteção mais da carenagem do que do motor propriamente dito em caso de queda.

SW-Motech engine guard
7- Placa de proteção de motor (Protetor de carter)
Para uso em: todo terreno
Tipo: proteção
Para enfrentar as estradas de rípio da Patagônia, ou alguma trilha que possa surgir pelo caminho foi necessário substituir o pequeno protetor plástico na parte inferior do motor. A BMW possui um protetor estendido (que vem de fábrica na G650GS Sertão), porém o protetor da SW-Motech protege uma maior área e possui uma construção mais robusta.

SW-Motech skidplate
8- Baú BMW
Para uso em: dia a dia
Tipo: bagagem
Para quem usa a moto com um meio de transporte (ou seja todo mundo) o baú é um acessório imprescindível. As vantagens do baú de 31 litros da BMW são poder utilizar a mesma chave da moto (codificar é um saco!), design compatível e não obstruir o pequeno compartimento que dá acesso à alavanca que solta o banco.



9- Bolsa Impermeável Givi
Para uso em: viagem
Tipo: bagagem
Apesar de existirem outras bolsas impermeáveis por valores mais em conta, a construção robusta da bolsa da Givi torna-a uma ótima escolha para viagens de aventura. Ela possibilita 40 litros a mais no volume de carga além de proporcionar um ótimo descanso para as costas em viagens mais longas. Dentre seus contras está o fato de atrapalhar o abastecimento (ela tampa a entrada de combustível) e a facilidade de roubá-la.



10- Bolsa de Tanque
Para uso em: viagem
Tipo: bagagem
Em qualquer viagem ter acesso rapidamente a dinheiro, documentos, máquina fotográfica, luva, etc é uma facilidade muito bem vinda. A bolsa de tanque Super 2.0 da Cortech possui um modelo que é preso por cintas ao invés de ímãs. Esse modelo foi o escolhido pois a G650GS apresenta um "falso tanque" que é de plástico. Ela possui um compartimento transparente para armazenar mapas ou GPS, uma capa para chuva e ainda por cima, se transforma em uma prática mochila, podendo ser levada.


11- Bolsa Interna do Baú
Para uso em: dia a dia
Tipo: bagagem
Para levar rapidamente consigo a bagagem do baú é preciso desacoplá-lo da G650GS. Além de pouco prático isso é um tanto cansativo já que só baú possui 5,6 Kg! A alternativa é armazenar seu conteúdo em uma bolsa interna. Porém, encontrar uma que se adeque ao formato e não ocupe muito espaço no baú é uma tarefa árdua. Por ser desenvolvida pela própria BMW, sua bolsa interna cumpre esses dois requisitos de forma excelente. Assim como em todo acessório original BMW, o único inconveniente é o alto preço.


12- Bomba Elétrica
Para uso em: viagem
Tipo: manutenção
Nada pior em uma estrada deserta, à noite, ter um pneu vazio. Este pequeno e potente aparelho, ao ser conectado à bateria da moto, permite facilmente enchê-lo.


13- Kit Reparo Pneus
Para uso em: viagem
Tipo: manutenção
Para veículos de todos os tipos equipados com pneus sem câmara. Em caso de furos este kit permite uma reparação rápida. O lado ruim é que ele não funciona em pneus com câmara e em caso de furos grandes ou rasgos.





Obs: valores em euro e sem custos de entrega e taxas de importação

Conclusão
Pilotar uma moto é uma experiência única. Para torná-la ainda mais prazerosa existem no mercado diversos acessórios dos mais variados preços. Quis aqui mostrar os acessórios que comprei e considero essenciais para usar a G650GS tanto no dia a dia quanto em viagens. Via de regra os importados apresentam melhor qualidade e preço, por isso acredito que a compra de sites no exterior, se tomadas as devidas precauções, é uma ótima oportunidade para quem quer equipar sua motocicleta sem gastar muito.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Passeio de Trem Curitiba - Morretes - PR


Quando pequeno ouvia histórias de meu pai sobre o trem que liga Curitiba ao litoral passando pela serra paranaense. Quando li a respeito do passeio na revista Moto Adventure (www.motoadventure.com.br) de julho de 2012, páginas 180 a 185 coloquei na cabeça que iria fazê-lo de moto. Na reportagem em questão a motociclista leva uma Kawasaki Vulcan no trem de Curitiba a Morretes e volta pela estrada da Graciosa.
Comentei com meu primo Gustavo, amante de viagens e motos e 2 semanas depois na sexta dia 21/09/2012 estávamos rumando com nossas motocas e respectivas patroas para Curitiba. Alguns dias antes entrei em contato com a Serra Verde Express (serraverdeexpress.com.br) para providenciar as passagens para nós e para as motocicletas.
Como o Guga estava em Balneário Camboriú, combinamos de nos encontrar no posto Sinuelo (www.postosinuelo.com.br/postos/?secao=posto101) por volta das 20:30. De lá rumamos norte e chegamos em Curitiba por volta das 23:00 hs após uma forte neblina na BR 376. Jantamos na Churrascaria Laventura (www.churrascarialaventura.com.br). Bom preço e atendimento e comida excelente, enchemos o bucho e rumamos para o Hotel Formule 1 (www.hotelformule1.com).
Às 6:45 da manhã de sábado chegamos na Rodoferroviária de Curitiba com 4 tirantes por moto e alocamo-las no vagão destinado a seu transporte. Colocá-las e retirá-las do vagão através de uma pequena rampa é uma aventura em si, já que é assinado um termo livrando a companhia de qualquer responsabilidade em caso de acidente.
Motos guardadas e protegidas, fomos tomar um café na rodoviária. Ali não sabia quem estava com mais sono, eu por não ter dormido direito à noite, ou o rapaz que nos atendeu. Alguns pequenos erros nos nossos pedidos não tiraram nossa alegria, muito pelo contrário, foram motivo de risadas. É engraçado como se vê a vida com outros olhos quando estamos viajando a passeio (principalmente de moto).




 8:15 e o trem parte rumo a Morretes. Os guias são uma atração à parte. Conseguir falar por quase 4 horas durante os 70 km é um dom. Acho que deve ser por isso que a maioria dos guias são mulheres. O trecho é realmente muito bonito e saber que tudo aquilo foi construído há mais de 100 anos é impressionante.

Rio Nhundiaquara que corta a cidade de Morretes - PR
Chegamos em Morretes por volta das 12:30. Após descermos as motos do vagão fomos almoçar no restaurante Empório do Largo (www.emporiodolargo.com.br) no qual pedimos um delicioso barreado com frutos do mar. De barriga cheia tocamos nossas motocas para a pousada Itupava (www.itupava.com.br) do Seu Ibraim, um senhor muito atencioso e falante.
Almoço no Emporio do Largo
Pousada Itupava
Passamos a tarde descansando na pousada e saímos para conhecer a cidade à noite. Estranho perceber que muitos estabelecimentos abertos ao meio dia agora estavam fechados. Chegamos à conclusão de que a maior parte dos turistas vinham e voltavam no mesmo dia. Tomamos um vinho e jantamos uma pizza no Restaurante Terra Nossa (www.morretes.com.br/terranossa/). Como a cidade estava meio vazia resolvemos voltar para a pousada.
De café tomado pegamos a estrada da Graciosa. Cheia de curvas e com alguns trechos de paralelepípedo ela apresenta diversos pontos onde se pode reunir a família para um churrasco ou piquenique. Após uns 10 km de subida começou uma fraca chuva que nos forçou a vestir nossas capas. Chuva que não se concretizou, porém como estava frio, as capas acabaram servindo de "quebra-vento".

Seu Ibraim da pousada nos deu a dica de pegarmos o caminho antigo da Graciosa. Este caminho estava descrito no GPS como estrada de terra, porém Seu Ibraim nos informou que ele havia sido pavimentado recentemente. Arriscamos e deu certo. A distância percorrida seria a mesma se tivéssemos ido pela BR 116, porém as curvas tornaram o passeio mais emocionante e a quase ausência de veículos tornaram-no mais agradável.
Seguimos por 45 km pelo Contorno Leste de Curitiba e pela BR 376 até o restaurante Pampa 4 em São José dos Pinhais. A comida poderia ser um pouquinho melhor mas como já passava das 14:00 hs não tínhamos muita opção. Após o "almoço" seguimos para o sul pela BR 376 e BR 101 até uma parada para o café no Sinuelo de Joinville.
Como o Guga iria ficar em Balneário Camboriú e já estava ficando meio tarde, resolvi me apressar e separar dele e de sua patroa. Eu e a patroa chegamos em Floripa por volta das 19:30 cansados mas felizes em aproveitar tanto em tão pouco tempo.
 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

BMW G650GS First Impressions




Como já relatado em um post anterior estou planejando uma viajem de moto para a Patagônia, mais precisamente para Ushuaia, a cidade mais ao sul do mundo! Para isso ao final de 2011 optei por procurar uma moto do estilo Trail (ou Adventure) que estaria mais adaptada ao tipo de terreno que vou encontrar. Dentre as Trails, a moto que escolhi foi uma BMW G650GS que, após ser montada em Manaus, teve seu valor reduzido consideravelmente.
Para que você possa ter uma base de comparação, uso a moto todos os dias para ir ao trabalho faça chuva ou sol, percorrendo em torno de 100 km por semana. Em março de 2012 realizei uma viagem de Floripa - SC a Parati - RJ passando pelo litoral de São Paulo. Logo, dividirei a avaliação por ambientes onde já utilizei a motocicleta:

  • Na cidade: 
    • Contras:
      • Grande diferença na relação da primeira para a segunda marcha fazendo com que eu tenha que realizar diversas trocas entre elas (cheguei até a desgastar a parte de cima do meu sapato).
      • O largo guidão na mesma altura dos retrovisores dos carros, dificultando um pouco a utilização do "corredor". Por outro lado pode ser caracterizado como um ponto positivo, visto que preciso ser mais cauteloso. 
      • O sistema de arrefecimento do motor joga o ar quente direto nas pernas do condutor.


    • Prós:
      • Seu tamanho em nada atrapalha a dirigibilidade.
      • Freio ABS que possibilita muito mais segurança nas cortadas que se leva dos carros.
      • Consumo médio de 21 km/l.
      • Manoplas aquecidas. Importante quando bate aquele frio e você não quer usar uma luva mais grossa.
      • Painel bastante completo, com rotações do motor e relógio digital.




  • Na estrada:
    • Contras:
      • Bolha baixa o que possibilita a passagem de muito vento no capacete. Troquei pela bolha estendida original, porém não melhorou muito.
      • Tanque pequeno (14 litros)
      • Luz de reserva ao invés de marcador de combustível. O que eu sempre faço para amenizar este "problema" é zerar o odômetro quando encho o tanque. Quando a luz de reserva acende realizo o seguinte cálculo para saber quantos quilômetros ainda posso rodar: (km do odômetro)/10*4. Por exemplo, se rodei 250 km até acender a luz de reserva: 250/10*4= 100 km.
    • Prós:
      • Consumo médio de 26 km/l. 
      • Consumo de 31 km/l em velocidade constante de 90 a 100 km/h.
      • Protetores de punho. Já me salvaram de levar uma pedrada na mão.

  • Trilhas leves
    • Contras: 
      • Seu peso diminuiu um pouco a sensação de segurança e a dirigibilidade.
      • ABS só desliga com moto parada (em trilhas é recomendado não utilizar o ABS).
      • Novamente a grande diferença na relação da primeira para a segunda marcha.
      • Inexistência de um para-lamas traseiro, fazendo com que toda a sujeira seja jogada diretamente na fechadura do baú traseiro.
      • O para-lamas dianteiro é ineficiente pois não bloqueia o spray de água suja que é jogado tanto no motor quanto nas pernas do condutor quando está chovendo.
    • Prós:
      • Novamente os protetores de punho
      • Distância do solo (não bateu nenhuma vez no chão)
      • Amortecimento muito suave.

Conclusão:
Se você quer uma moto versátil para ser utilizada em qualquer ocasião, a BMW G650GS é a moto. É lógico que, individualmente, em cada um dos tipos de terreno testados existem alternativas melhores, mas você teria que ter 3 motos ao invés de uma. A BMW foi bem feliz no balanceamento das qualidades da G650GS. Algumas deficiências aqui levantadas, que acredito serem limitações de custos, podem ser sanadas com acessórios adquiridos separadamente e que irei descrever em um próximo post.

Grande abraço.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Passeio de Motos da ASTJ à São Pedro de Alcântara


Na véspera, sexta-feira à noite cai uma chuva torrencial em Florianópolis. Pronto, foi um balde de água fria, o passeio do dia seguinte seria cancelado! Para minha surpresa e, acredito, que de todos os ali presentes, o sábado dia 25 de maio de 2012 amanhece lindo e ensolarado, perfeito para um passeio rodeado de amigos!


Após a concentração com direito a muito Rock and Roll, saímos do prédio do TJSC no centro de Florianópolis por volta das 9:30, escoltados por 2 batedores da PRE-SC. Seguimos pela via expressa, BR 101 e SC 407 até pararmos em frente à Igreja na Colônia Santana para um rápido lanche. Andamos mais alguns quilômetros até São Pedro de Alcântara onde realizamos uma parada para tirar a água do joelho e apreciar a belíssima Igreja lá construída.


Voltamos pelo mesmo caminho com sentido à sede da Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça de SC (ASTJ) localizada às margens da BR 101 próximo ao trevo de Forquilhinhas. Lá fomos recepcionados com deliciosos pratos à base de tainha e muito Rock and Roll. Nada como um passeio pra tirar o stress da semana!!!



A escolha do nome.

Além de motocicletas tenho uma outra paixão, essa mais antiga: esportes. Paixão que começou quando pequeno via meu pai jogar futebol. Aquela mistura de palavrões, correria, chutes e gols me fascinava. Porém quis Deus que eu não tivesse muita coordenação motora para a coisa e, devido a uma briga na escola, resolvi optar por praticar Judô.


Posso ter começado pelo motivo errado, mas pelos motivos corretos persisti nesta arte. No Dojô (local de prática do Judô) aprendi a ter paciência e perseverança. Nos campeonatos cultivei a calma e o autocontrole e aprendi que a derrota muitas vezes produz lições mais importantes que a vitória.
Na adolescência além do Judô, jogava futebol com meu pai (sim, agora eu também corria, chutava e xingava) e, para tentar melhorar a performance, fazia um pouco de musculação. Eu notava que após os exercícios uma sensação de paz e bem estar me tomava. Se eu tivesse um problema ou não estava muito legal, bastava um treino ou uma partida de futebol para me sentir bem.
Como sempre fui acostumado a praticar atividades físicas, foi um pulo para começar a dar umas corridinhas. A diferença é que eu não competia mais com outras pessoas, mas sim comigo mesmo, ao tentar diminuir um tempo ou percorrer uma distância maior. Após uma corrida aquela sensação de bem estar que falei era tão forte que eu achava que estava chapado!


Foi quando, há um tempo atrás, li uma reportagem na revista Vip (http://vip.abril.com.br/saude/esportes/correr-e-uma-droga/) sobre os efeitos “psicotrópicos” da corrida. Essa reportagem explicava que o organismo, após uma atividade física intensa, libera um hormônio chamado endorfina. Esse hormônio age no cérebro diretamente no córtex pré-frontal e no sistema límbico, áreas ligadas às sensações de prazer, provocando sensações similares à drogas derivadas do ópio, como a heroína.


Agora, o que tudo isso tem à ver com o nome do blog? A tradução para Stoned Moto Riders, seria algo como “Pilotos de Moto Chapados”. Isso quer dizer que além de viciante, o andar e, principalmente, o viajar de moto me dão uma imensa sensação de paz, bem estar e prazer. Além disso, como já falei em um post anterior (http://stonedmotoriders.blogspot.com.br/2012/03/viajar-de-moto-ou-de-carro.html), a moto me proporciona sensações similares às relatadas por usuários de drogas, como estar voando ou a ampliação da sensibilidade com as coisas em volta.


Por isso, tal qual atividade física pra mim, andar de moto também é uma droga!

terça-feira, 27 de março de 2012

Nova moto

Em 2011 me surgiu uma idéia: chegar de moto ao Ushuaia, o ponto habitado mais ao sul do mundo, na Argentina. Haviam, entretando, diversas peculiaridades no trajeto: grandes distâncias sem postos de combustível, estradas mal conservadas, grandes variações de altitude e temperatura, gasolina de diferente do Brasil, etc. Comecei a pensar que talvez não fosse uma boa ir com a minha Yamaha Virago XV 535.
A Virago (segundo a Wikipedia, mulher de qualidades heróicas), apesar de uma excelente moto Custom carburada, para uma viagem com essas características me adicionaria um risco ao projeto. As motos Custom, conhecidas nos EUA como Cruisers (de Cruzeiro), são motos que imitam o design das máquinas americas das décadas de 1930 a 1960, tendo a Harley Davidson como um ícone deste estilo.
Como a qualidade das estradas estadounidenses  é boa, a posição de pilotagem e o amortecimento das Customs não é dos mais confortáveis para trechos não asfaltados. Certa vez, em uma viagem que fiz pelo interior de SC, por essa razão tive que retornar diante de um trecho de alguns  km de estrada de chão.
Devido a essa “incompatibilidade” entre as motos Custom e trechos ruins, tomei a decisão: a viajem para Ushuaia deve ser realizada em uma moto Trail. As trails são motos de duplo propósito, feitas tanto para o asfalto (on-road) quanto passeios off-road recreativos. Esse duplo propósito das Trails me possibilitaria tanto realizar viagens mais aventureiras quanto utilizar a moto como meio de transporte na cidade.
Decidido o estilo, parti para a potência. Como estava acostumado com uma moto de média cilindrada (a Virago tem 535 cc) decidi continuar nessa mesma categoria. De posse dessas decisões parti para a pesquisa. Após muito ler na Internet e em revistas especializadas, fechei o leque de opções em 4 modelos:

Suzuki V-Strom 650
Apesar de ser uma das mais vendidas nesse segmento de mercado, achei-a um tanto grande. Isso me incomodaria um pouco caso quisesse usá-la no trânsito da nossa querida “Filanópolis”.


Yamaha XT660R
Foi muito bem avaliada no off-road pelas revistas e sites, e possui um bom tamanho para uso na cidade. Contra ela estava o fato de ser muito visada por assaltantes, o banco estreito (desconfortável em viagens longas) e o design mais simples, comparado aos outros modelos analisados.

Yamaha Teneré XT660Z
Li diversos depoimentos e avaliações sobre como ela era boa tanto no on quanto no off-road, porém ela não estava disponível em Floripa no momento que decidi comprar a trail, uma pena.

Kawasaki Versys 650
Diferentemente do que seu nome diz (Versys - Versátil), a moto é mais voltada para o segmento on-road. Possui ABS opcional, motor bicilíndrico e saídas de ar voltadas para baixo (e para longe das pernas do piloto). Além disso possui um design muito bonito.

BMW G650GS
Pelas análises que li, esta moto também manda muito bem tanto no on quanto no off-road e é reconhecida como uma moto muito resistente. Isso é muito bem demonstrado pelo slogan “Unstoppable” (Que não para). De série possui protetores de punho, manoplas aquecidas e ABS.

Com esses 5 modelos na cabeça, numa quinta-feira de dezembro de 2011, fui à revenda especializada da Kawasaki, que era a mais próxima da minha residência, onde pedi para ver a Versys. Aqui o principal fator que pesou na minha decisão de descartá-la foi o fraco atendimento da concessionária. Por ser uma autorizada de uma grande marca como a Kawasaki, esperava mais.
Fui atendido por uma moça que sabia o básico sobre a moto, mas sempre que indagada sobre algo mais técnico me fazia esperar para perguntar ao gerente. Depois perguntei se poderia realizar um test-drive e o gerente me informou que só poderia após a compra da moto. Claro, eu vou dar 30 mil reias pra depois descobrir que não gostei.
Então, logo após o fraco atendimento da Kawasaki, fui até a Top Car, revenda da BMW em Florianópolis. Na entrada já dei de cara com o modelo 2012 que, pra mim ficou mais bonito que o antigo. Na hora pensei comigo: - Puts fudeu, é essa.
Já descolado, procurei um homem para me atender. Fui atendido pelo Rodrigo. Perguntei sobre diversas questões técnicas como consumo, custos de manutenção, autonomia, freios ABS, protetores de punho, manoplas aquecidas, luz de reserva de combustível, etc. Após o questionário, para minha surpresa, ele me pergunta se eu não queria realizar um test-drive. O que? Eu nem preciso comprar a moto para experimentá-la? Aqui novamente o atendimento foi um fator decisivo mas, ao contrário da Kawasaki, positivo.
Saí da autorizada com aquela coceirinha na mão. O preço estava bom e a moto me agradou. À noite liguei para meu pai para contar sobre minha intenção. No dia seguinte fomos juntos à concessionária. Resultado: saímos de lá donos de 2 BMW G650GS!




Sugetões:
  • Busque informações em fóruns especializados na Internet. Dessa maneira é possível já conhecer os principais pontos fortes e fracos da moto. Assim as dúvidas na hora da compra já poderão ser sanadas e fica mais fácil chorar sabendo dos pontos negativos ou problemas.
  • Realize um test-drive. Se for possível, passe o dia com a moto e pilote em diversos tipos de situação (rodovias, cidade, trilhas, etc), levando em conta os tipos que serão mais utilizados.
  • Converse com donos. Nada melhor do que uma pessoa que já tem intimidade com a moto para passar dicas sobre ela.
  • Seja atendido(a) por homens. A compra de uma motocicleta muitas vezes é um ato emocional, mas essa emoção tem que ser pela máquina. Se você é um homem, saiba que você não vai pegar a vendedora só porque comprou a melhor moto da loja com ela. Pechinche. Se você é mulher, jogue seu charme pra cima do vendedor pra baixar o valor. Homens têm dificuldades de negociar com mulheres, especialmente as bonitas. Além disso é mais provável encontrar um vendedor masculino com mais conhecimento técnico para sanar suas dúvidas.

sábado, 24 de março de 2012

Floripa Moto Show - 24/03/2012

Ao chegar, a fila, o estacionamento de carros lotado e uma grande aglomeração de motociclistas na área reservada aos motoclubes nos fundos do Centro de Eventos me deixou empolgado. Eu e a patroa pagamos pelo estacionamento e pela entrada na feira. Entramos e dei de cara com o stand da Top Car, concessionária da BMW em Floripa. Procurei pelo Rodrigo, o vendedor com o qual comprei minha G650GS que prontamente me ofereceu uma cerveja e uns brindes. Ponto pro ótimo atendimento.
À direita da entrada estava o stand da Geração Motos, concessionária da Yamaha. Me chamou atenção a Teneré 660. Andamos mais um pouco e passando pela revenda da Dafra onde dei uma olhada em algumas motocas interessantes. Acredito que em mais alguns anos a Dafra estará em pé de igualdade com as tops do mercado.
Logo a seguir algumas revendas multimarcas, lojas de acessórios, capacetes, botas, vestimentas e, A PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO? O que, já acabou? É, como diria meu parceiro de viagens Crica: - Tá visto! Fiquei pensando comigo: - Puts, com os 10 pila da nossa entrada dava pra ter tomado uma gelada.
Resolvemos então sair da "feirinha" e ir para a parte destinada aos motoclubes. Ali haviam motociclistas de todas as tribos, com suas motos custom, trail, big-trail, esportivas, etc. Muito barulho, altas rotações e umas fritadinhas de pneus.
Andando mais um pouco chegamos no local da apresentação da equipe de Wheeling Pro-Tork Alto Giro (www.altogiro.com.br). Bem bacana a apresentação, os pilotos realizam manobras arriscadas, tudo bem pertinho do público.
Fiquei com um gostinho de "quero mais" e imaginei que um motociclista que tenha andado alguns milhares de km para participar do encontro poderia ter ficado um pouquinho decepcionado. Para chegar em Floripa, porém, ele passou por paisagens lindas, tanto no nosso litoral quanto na nossa serra, além de Floripa ter diversos pontos lindíssimos para se visitar de moto. Viagem de moto deve ser assim, curtida do primeiro ao último km percorrido.

Seguem algumas fotos do evento:

Linda Harley Davidson

Teneré preparada pra viagens


Shadow customizada




Apresentação de Wheeling

Teneré antiga



Feira

Feira